Thursday, February 8, 2007

História da Guiné-Bissau


***A INFORMAÇÃO QUE SE SEGUE NÃO É DA AUTORIA DE GUMBE.COM***

A Guiné-Bissau foi em tempos o reino de Gabu, parte do Império do Mali, e partes do reino sobreviveram até ao século XVIII. Os rios da Guiné e as ilhas de Cabo Verde estiveram dentre as primeiras regiões da África a serem exploradas pelos portugueses.


O navegador português Álvaro Fernandes chegou à Guiné em 1446 e reclamou a posse do território, porém, poucas feitorias de comércio foram estabelecidas antes de 1600. A ocupação do território pela Coroa portuguesa só se deu a partir de 1558 com a fundação da vila de Cacheu. E foi criada em 1630 a Capitania-Geral da Guiné Portuguesa para a administração do território. A vila de Bissau foi fundada em 1697, como fortificação militar e entreposto de tráfico negreiro.
Embora os
rios e as costas desta área estivessem entre os primeiros locais colonizados pelos portugueses e aí tenham iniciado o tráfico de escravos com a instalação de feitorias no século XVII, não exploraram o interior até ao século XIX.
A luta pela independência
Durante três séculos constituiu a colónia da
Guiné Portuguesa. Uma rebelião iniciou-se em 1956, liderada pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), fundada pelo intelectual guineense Amílcar Cabral, que estava no exílio em Conacri. A guerrilha do PAIGC consolidou o seu domínio do território em 1973, mas, no mesmo ano, Amílcar Cabral foi assassinado em Conacri. A independência chegou com a Revolução dos Cravos portuguesa de 1974, tendo sido antes declarada unilateralmente a 24 de setembro de 1973. A 10 de setembro de 1974, Guiné-Bissau foi a primeira colónia portuguesa na África a ter reconhecida sua independência.




O governo de partido único do PAIGC
O irmão de Amílcar Cabral, Luís de Almeida Cabral, foi empossado como o primeiro presidente da República da Guiné-Bissau. Instituiu-se um governo de partido único de orientação
marxista controlado pelo PAIGC e favorável à fusão com a também ex-colónia de Cabo Verde. O governo de Luís Cabral enfrentou sérias dificuldades que chegaram a provocar a escassez de alimentos no país. Luís Cabral foi deposto em 1980 por um golpe militar liderado pelo general João Bernardo Vieira, chefe de altos quadros do PAIGC. Com o golpe, a ala cabo-verdiana do PAIGC se separa da ala guineense do partido, o que faz malograr o plano de fusão política entre Guiné-Bissau e Cabo Verde. Ambos os países romperam relações, que somente seriam reatadas em 1982.
O país foi controlado por um conselho revolucionário até 1984, ano em que Guiné-Bissau ganhou sua actual Constituição. Nesse período, todas as alas de extrema-esquerda do PAIGC foram dissolvidas.
A transição
democrática iniciou-se em 1990. Em maio de 1991, o PAIGC deixou de ser o partido único com a adoção do pluripartidarismo. As primeiras eleições multipartidárias tiveram lugar em 1994. Na ocasião, o PAIGC obteve maioria na Assembléia Nacional Popular e João Bernardo Vieira foi eleito presidente da República.


Guerra civil e instabilidade política
Uma insurreição militar em junho de
1998, liderada pelo general Ansumane Mané, levou à deposição do presidente Vieira e a uma sangrenta guerra civil. Mais de 3 mil estrangeiros fogem do país. O conflito somente se encerrou em maio de 1999, quando Ansumane Mané entregou a presidência provisória do país ao líder do PAICG, Malam Bacai Sanhá, que convocou eleições gerais.
Em
2000 realizaram-se as eleições e Kumba Yalá, do Partido da Renovação Social (PRS), foi eleito, derrotando Sanhá com 72% dos votos. Yalá formou um governo de coalizão entre o PRS e a Resistência da Guiné-Bissau/Movimento Bafatá. Em novembro de 2000 Ansumane Mané foi morto por tropas oficiais em uma fracassada tentativa de golpe.
Em setembro de
2003 teve lugar um novo golpe encabeçado pelo general Veríssimo Correia Seabra, durante o qual os militares prenderam Kumba Yalá por ser "incapaz de resolver os problemas" do país. Henrique Rosa foi colocado como presidente provisório até novas eleições. Em março de 2004 o PAIGC venceu as eleições na Assembléia Nacional ficando com 45 das 100 cadeiras em disputa. O PRS, segundo mais votado, obteve 35 cadeiras. O líder do PAIGC, Carlos Gomes Júnior, foi indicado como primeiro-ministro.
Em outubro de
2005 João Bernardo Vieira foi releito ao cargo do Presidente da Guiné-Bissau.
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Guiné-Bissau Em Dados: Economia
Fonte: http://www.africa.jocum.org.br/bissau/economia/economia_bissau.htm
Visão geral:
Um dos 20 países mais deficientes no mundo, Guiné-Bissau depende principalmente da agricultura e pesca. As colheitas do caju aumentaram notavelmente nos últimos anos, e o país alcançou agora o sexto lugar na produção da fruta. Guiné-Bissau exporta peixes e frutos do mar e, também, quantidades pequenas de amendoins, de sementes de palma e de madeira. O arroz é a colheita e o alimento principal do país. Entretanto, a luta intermitente entre tropas senegalesas do governo e uma junta militar destruiu muito da infra-estrutura do país e causou os danos difundidos à economia em 1998; a guerra civil reduziu 28% do PIB anual, com recuperação parcial em 1999. Antes da guerra, a reforma do comércio e a liberação do preço eram a parte mais bem sucedida do programa de ajuste estrutural do país sob o patrocínio do FMI. O arrocho da política monetária e do desenvolvimento do setor privado tinha, também, começado a revigorar a economia. Por causa dos custos elevados, o desenvolvimento do petróleo, o fosfato, e outros recursos minerais não são uma perspectiva a curto prazo. Entretanto, as reservas do óleo explorado na costa podiam fornecer o rendimento necessário a longo prazo.


Economia - Detalhes:
PIB - comparado com poder de compra: $1,1 bilhões (1999)
PIB - taxa de crescimento real: 9,5% (1999)
PIB -per capita: poder de compra: $ 900 (1999.)
PIB - composição pelo setor: agricultura: 54% ; indústria: 11% ; serviços: 35% (1996)
População abaixo da linha da pobreza: 50% (1991.)
Taxa de inflação (preços ao consumidor): 5,5% (1999)
Mão de obra: 480.000
Mão de obra- pela ocupação: agricultura 78%
Indústrias: produtos agrícolas que processam, cerveja, refrigerante
Taxa de crescimento da produção industrial: 2,6% (1997.)
Eletricidade - produção: 40 milhão kWh (1998)
Eletricidade - produção pela fonte: Gerador diesel: 100% (1998)
Eletricidade - consumo: 37 milhão kWh (1998)
Agricultura - produtos: arroz, milho, feijão, mandioca (tapioca), castanha de caju, amendoim, semente de palma, algodão; madeira; peixes
Exportações: $26,8 milhões (1998)
Exportações - produtos: as porcas de caju 70%, camarão, amendoins, sementes de palma, madeira serrada (1996)
Importações: $22,9 milhões (1998)
Importações - produtos: gêneros alimentícios, maquinaria e equipamento de transporte, produtos de petróleo (1996)
Divida externa: $921 milhões (1997)
Moeda corrente: Franco de Comunidade Financeira Africana (CFAF)
Taxas de troca: Francos de Comunidade Financeira Africana (CFAF) por US$ 1,00 - 647,25 (janeiro 2000), 615,70 (1999), 589,95 (1998), 583,67 (1997);
Nota: como de 1º de maio de 1997, Guiné-Bissau adotou o franco do CFA como a moeda corrente nacional; desde 1ºde janeiro de 1999, o CFAF é avaliado ao euro em uma taxa de 655,957 francos do CFA por euro

Comunicações:
Telefonia - linhas principais no uso: 13.120 (1995)
Telefonia - celular móvel: 3 companhias telefónicas a registar [2007]
Estações de rádio de transmissão: Am 1, FM 2 (1998) Rádios: 49.000 (1997)
Estações de transmissão de televisão: 2 (1997)
Transporte Estradas de Ferro: Não há
Estradas: total: 4.400 quilômetros, pavimentados; 453 quilômetros, não pavimentadas; 3.947 quilômetros (1996)
Canais: diversos rios são acessíveis ao transporte para o litoral Portos: Bissau, Buba, Cacheu, Farim
Aeroportos: 1 Aeroportos - com pistas de decolagem pavimentadas (1999)

Militar
Filiais militares: Força Armada Revolucionária Do Pessoa (Farp; inclui o exército, a marinha, e a força aérea), força paramilitares
Força militar - disponibilidade: Idade 15-49: 296.482 (2000)
Força militar - ajuste para o serviço militar: Idade 15-49: 168.930 (2000)
Despesas militares - figura do dólar: $ 8 milhões (1996)
Despesas militares - por cento do PIB: 2,8% (1996)
População: 1.285.715 (julho 2000)

Estrutura etária:
0-14 anos: 42% (homens 271.100; mulheres 272.304)
15-64 anos: 55% (homens 335.150; mulheres 370.667)
Mais de 65 : 3% (homens 16.574; mulheres 19.920) (2000)
Taxa de crescimento da população: 2,4% (2000)
Taxa de natalidade: população 39,63 nascimentos/1,000 (2000)
Taxa de mortalidade: população 15,62 mortes/1,000 (2000)
Relação do sexo:
No nascimento: 1,03 homens/mulheres
Até aos 15 anos: 1 homens/mulheres
15-64 anos: 0,9 homens/mulheres
Mais de 65: 0,83 homens/mulheres
População total: 0,94 homens/mulheres (2000)
Taxa de mortalidade infantil: 112,25 nascimentos /1,000 vivos (2000)

Expectativa de vida:
População total: 49,04 anos
Homens: 46,77 anos
Mulheres: 51,37 anos (2000 est.)
Taxa de fertilidade total: 5,27 crianças nascimentos/mulher (2000)
Nacionalidade: Adjetivo: Guineensse
Grupos étnicos: 99% africano (Balanta 30%, Fula 20%, Manjaca 14%, Mandinga 13%, Papel 7%), europeu e mulato menos do que 1%
Religiões: opinião indígena 50%, muçulmanos 45%, cristão 5% Línguas: Português (oficial), Crioulo, línguas africanas
Alfabetização Definição: a idade de 15 para cima pode ler e escrever
População total: 53,9%
Homens: 67,1%
Mulheres: 40,7% (1997)
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Guiné Portuguesa




A Guiné Portuguesa era o nome da actual
Guiné-Bissau enquanto colónia portuguesa entre 1446 e 10 de Setembro de 1974.
Embora
Portugal tivesse reclamado o território quatro anos antes, foi o explorador Nuno Tristão pela costa da África Ocidental em busca das fontes do ouro, escravos e outros bens de valor, que chegavam à Europa muito lentamente, via terrestre. Chegou à Guiné em 1450.
A Guiné-Bissau fazia parte do
Império Sahel, e as tribos locais comercializavam sal e cultivavam o arroz. Com a ajuda de tribos locais cerca de 1600, os Portugueses, bem como outras potências europeias, como os Franceses, Britânicos e Suecos, montaram os alicerces para o tráfico negreiro. A feitoria de Cacheu, junto ao rio do mesmo nome, foi um dos maiores mercados africanos durante vários anos.
Com a
abolição da escravatura, no final do século XIX, o comércio de escravos caiu em forte declínio, embora restassem alguns focos clandestinos. Bissau, fundada em 1700, tornou-se a capital da Guiné Portuguesa.
Com o evoluir das conquistas em África, Portugal perdeu uma grande parte do território para a França (que se tornaria, mais tarde, no actual país da
Guiné), incluindo a próspera área do rio Casamansa, que era uma um grande centro comercial para a colónia. O Reino Unido tentou apoderar-se de Bolama, o que resultaria numa grande disputa entre os dois seculares aliados, quase tornando-se em guerra, cuja resolução muito se deveu a António José de Ávila (recompensado pelo feito com o título de Duque de Ávila e Bolama), o qual, recorrendo à intervenção do presidente norte-americano Ulysses S. Grant, que intercedeu a favor de Portugal, conseguiu assegurar para a Coroa Portuguesa a posse de Bolama.
A Guiné era administrada como uma colónia das ilhas de
Cabo Verde até 1879, altura em que foi separada das ilhas, para passar a ser governada autonomamente.
Na viragem para o
século XX, Portugal iniciou uma campanha contra as tribos animistas, com o auxílio das populações islâmicas costeiras. Isto iria desencadear uma luta constante pelo controlo do interior e arquipélagos mais distantes. Não seria antes de 1936 que o controlo das ilhas Bijagós estaria assegurado na totalidade para Portugal.
Em
1951, quando Portugal reformou o sistema colonial, todas as colónias portuguesas se passaram a designar províncias ultramarinas.
A
luta pela independência iniciou-se em 1956, quando Amílcar Cabral formou o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que se manteve relativamente pacífico até 1961, altura em que estalava a Guerra do Ultramar, declarando a província ultramarina como independente e alterando o seu nome para Guiné-Bissau (para a distingui da vizinha República da Guiné).
A Guiné foi, talvez, o conflito mais complicado para Portugal em termos bélicos e, com o decorrer da guerra, a derrota portuguesa avizinhava-se. Porém, com o
golpe de estado do 25 de Abril de 1974, Portugal iniciou as negociações com o PAIGC para a descolonização. Com o assassínio do seu irmão em 1973, Luís Cabral tornou-se no primeiro presidente da Guiné-Bissau imediatamente a declaração da independência a 10 de Setembro de 1974.
FONTE: Wikipédia, a enciclopédia livre
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CULTURA

Guiné-Bissau possui uma herança cultural bastante rica e diversificada. Esta cultura que varia de etnia para etnia, passando desde da diferença linguistica, da dança, de expressão artistica, de profissão, de tradição musical ate as manifestações culturais.
A dança e contudo, uma verdadeira expressão artistica dos diferentes grupos etnicos.
Os povos animistas caracterizam-se pelas suas belas e coloridas careografias. No dia a dia, estas fantasticas manifestacões cultureis podem ser observadas na altura das coleitas, dos casamentos, dos funerais, das cerimonias de iniciação.
Nas cidades, a musica e dominada pelo conhecido gumbe Guineens.Ocarnaval guineense e completamente original, com caracteristicas proprias, tem evoluido bastante, constituindo uma das maiores manifestações culturais do Pais.


RELIGIÃO
Religião predominante e o animismo (50%), cuja pratica e o culto antepassado, das forças fisicas e dos feitiços.
A religião muçulmana abrange 45% da população, existindo ainda um reduzido numero de cristãos, 5% catolicos.


MODA
Na Guiné-Bissau o vestuário da população varia consoante o local onde vivem, a idade e as possibilidades económicas.
Nas cidades do interior usam-se mais as roupas tradicionais, embora ás vezes os jovens optem por vestes mais actuais em algumas ocasiões como idas à discoteca e viagens à Capital.
Na cidade de Bissau, o vestuário dos jovens e dos adultos é bastante mais moderno, embora alguns adultos prefiram manter o estilo tradicional africano.
Existem alguns grupos de moda, constituídos por jovens de ambos os sexos que desfilam em eventos socioculturais, principalmente em discotecas e night-clubs.
São realizados também concursos de Miss nos Bairros e nas vilas, assim como o concurso Miss Guiné-Bissau, Miss Garandessa Na Moda (em que apenas participam mulheres adultas), entre outros.

CARNAVAL
A diversidade cultural de um “pequeno país gigantesco”, a Guiné-Bissau, mínimo na geografia mas com 23 etnias e 9 idiomas, concentra-se todos os anos em meados de Fevereiro na capital, Bissau, numa enorme e inebriante manifestação de alegria popular. Trata-se do Carnaval, tradição originalmente europeia, mas que nesta nação africana assume matizes de identidade social e artística ímpares.
Para alguns, Carnaval «é uma desbunda completa, mas organizada», onde há «uma grande etnização do carnaval». Formalmente, os desfiles associam-se a bairros, «mas não há dúvida nenhuma que nos grupos que aparecem sentes que uns são mais Balantas, mais Papeis, mais Bijagós, Ndingas, etc., começam a assumir-se como tal». E, como tal, cada bairro acaba por representar uma das muitas etnias guineenses. Foi assim descreveu o realizador Andrzej Kowalski.
«Nesta perspectiva o festival é um pouco o desfile de vários grupos étnicos, é um festival de tradições, onde as máscaras ganham grande importância, e quase todas correspondem à simbologia étnica de cada grupo», frisa o realizador, acrescentando que «cada grupo concorre com uma rainha, máscaras e danças, mas ao mesmo tempo em que este desfile principal vai subindo até à tribuna principal, em frente ao palácio presidencial, tens constantemente, em paralelo, desfiles espontâneos, para baixo, para cima, para o lado, uma confusão completa.
Até à Independência o Carnaval era europeizado. Hoje é uma multiplicidade de palcos a “explodir” em manifestações etnográficas de raiz local, em que a tradição festiva guineense extravasa completamente pelos bairros e ruas da capital. O esquema base, explica Kowalski ao Cena Aberta, não deixa de encontrar paralelos com os carnavais de carácter europeu ou brasileiro, com um grande desfile principal na avenida central de Bissau, dedicado este ano ao tema da Reconciliação Nacional, e inúmeros pequenos desfiles paralelos.











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Autor: Umaro Djau, Jornalista